sábado, 23 de março de 2013

Simca

Simca


1938-40


Esta moto de 120 quilos de peso e de características anfíbias, aparece em 1938 numa França nervosa com uma guerra que se adivinhava iminente, e pela necessidade de um meio de transporte barato e fiável, que permitisse ao exército francês a substituição dos cavalos por veículos motorizados.
Para tal foi criada a SEVITAME (Société d'Etude des Véhicules Issus de la Technique Automobile Moderne et Economique), que recorrendo-se dos engenheiros Marcel Violet e Achille Vincent, e financiados pela Simca e pela Fiat, desenvolveram uma moto de características militares.

Simca Sevitame de 1939

O quadro
Como o quadro se integrava bem com o motor
Depósito e guarda-lama
Esta Simca-Sevitame tinha um motor desenhado por M. Violet, em 1935, quando ainda trabalhava na fábrica Alcyon, e era muito pouco convencional. Era como que um motor ao contrário, um bicilindrico em linha a dois tempos de 350cc, de pistons invertidos, com a cambota por cima, dentro de um sobredimensionado cárter que levava 7 ou 8 litros de óleo.

O compacto motor
O motor por dentro 
O seu quadro tinha igualmente alguns pormenores curiosos, como o ser desmontável em três partes,  podendo ser discretamente transportado. A suspensão dianteira estava montada na coluna de direcção, o depósito de combustível  de 20 litros, colocado sobre a roda traseira servindo de guarda-lama conferia-lhe uma autonomia de 500 kms. A transmissão era feita por um cardan ao qual era possível adaptar uma hélice, possibilitando assim a motorização de um barco.

Testes, e a Simca desmontada em três partes 


Fabricada na fábrica Simca, em Nanterre, sob a direcção de Amédée Gordini, tinha uma encomenda inicial de 40.000 unidades, sendo que no final de 1939 já rodavam cerca de 100. 
Com a invasão alemã a fábrica foi ocupada em Maio de 1940, a produção interrompida e todo o material requisitado pelo invasor.



Sabe-se existirem apenas duas destas motos em França, sendo que uma foi retirada da fábrica por um operário, e está em exposição no museu de Clères, estando a outra em local incerto. 

Sem comentários:

Enviar um comentário